quinta-feira, 7 de abril de 2016

Show do a-ha em Curitiba (15/10/2015)


Numa noite de quinta-feira, lá estava eu na fila que se formara nas proximidades do Curitiba Master Hall para presenciar uma das poucas bandas que fiz questão de ver ao vivo. O a-ha estava em uma turnê com vários shows pelo Brasil e na passagem deles por Curitiba, titubeei um pouco no início para comprar o ingresso, mas acabei optando por ir ao show. Engraçado eu ter titubeado para comprar o ingresso, mas parte disso se deve ao fato de que eu havia assistido o show deles no Rock in Rio alguns dias antes e, por várias vezes, eu achei que a voz do Morten estava um pouco desgastada e isso me decepcionou um pouco.

Bem, fui ao show. Logo na fila, um fã que estava na minha frente falou da experiência de ter encontrado os músicos no aeroporto, junto de vários outros fãs. Ele falou que eles foram super atenciosos, o que o deixou ainda mais empolgado para o show. Achei interessante porque a empolgação dele era visível. Na entrada do local, acabei me perdendo dele, pois o movimento estava grande e havia duas filas de revista. Segui uma e ele a outra.

Dentro, a casa já estava relativamente cheio. Acabei ficando num local mais para o lado esquerdo do palco um pouco depois da metade da pista. Como o local não era muito grande, a visão não ficou extremamente prejudicada. O problema mesmo é que o local era plano e o pessoal que ficou na minha frente acabaram bloqueando um pouco a minha visão do palco, de modo que por vezes não dava para visualizar os músicos. Outra crítica que faço ao local é que havia um ventilador próximo de mim que fazia um barulho que atrapalhava o show. Dá pra se dizer que o local, definitivamente, não era dos melhores. Ao menos o som das caixas estava bom.

Antes do show, fiquei a observar o local. Memorizei cada espaço. Tudo isso porque havia descoberto um pouco antes que foi ali naquele local que o Morrissey fez o seu show na sua primeira passagem pelo Brasil e por Curitiba em 2000. Fiquei a imaginar o Morrissey e sua banda, com o Alain Whyte na guitarra, bem ali em cima daquele palco,começando o show com "Hairdresser on fire". Teria sido mágico se eu tivesse ali há 15 anos. Fato é que no mês seguinte eu estaria embarcando para São Paulo para ver o Morrissey ao vivo! Mas isso é história para outro texto.

O show em si foi muito bom. Serviu para calar as minhas críticas de que a voz do Morten estava desgastava. Eles estavam ótimos. Tocaram muitos clássicos e músicas mais recentes. As mais recentes eu não conheço, admito. Não acompanho o a-ha. Mas a performance das clássicas foi realizada com maestria.

Foto do show que encontrei pela internet. Não tirei nenhuma foto nem filmei o show em nenhum momento. Aproveitei cada segundo.
A princípio, "Crying in the rain" foi a música mais comemorada por todos. A maior parte do público cantou a música inteira junto da banda. Mas é preciso ressaltar que antes dela, "Stay on these roads" já tinha emocionado a galera (inclusive eu). Pessoalmente, a música que mais gostei e que para mim foi totalmente inesperada no setlist foi "We're looking for the whales". Cantei ela inteira, a plenos pulmões. Foi fantástico. Hoje tenho o prazer de dizer que a ouvi ao vivo. Vendo o Morten, Paul e Magne bem ali por perto. Aliás, abro um baita de um parênteses para falar do Magne. Ele foi incrível com o público. Tentava nos agitar boa parte do show, se arriscando muito bem no português inclusive. Para mim, ele foi disparado o destaque da banda naquela noite. É importante deixar claro que os três foram muito simpáticos, mas senti sinais de cansaço especialmente no Morten. Suspeito que isso se deva à natural passagem do tempo.

O show prosseguiu e a cada intervalo de uma música para outra, o público pedia "take on me". Em "Hunting high and low", o público cantou o refrão e repetiu e repetiu, sendo incentivado principalmente pelo Magne. "The living day lights" não foi diferente. Quando a música acabou, todo mundo seguiu cantando: "Ooh... in the living daylights", mais uma vez com total incentivo do Magne. Até que, enfim, eles surgiram com "Take on me". A casa estremeceu. Todo mundo estava dançando e cantando. Foi fantástico. Foi definitivamente o clímax de um show que foi fechado com chave de ouro.

Saí do local ainda a tempo de pegar os últimos ônibus da noite. Nem precisei de taxi para chegar em casa. O que não quer dizer que o show foi curto, o local é que é bem localizado e relativamente próximo da minha casa. Voltei no ônibus extasiado, lembrando de cada momento daquele momento mágico.

Quem quiser dar uma conferida no setlist, segue o link:

http://www.setlist.fm/setlist/a-ha/2015/curitiba-master-hall-curitiba-brazil-73f462b9.html